sexta-feira, 17 de junho de 2011

Estudando o conhecimento humano


Uma das grandes incógnitas que sempre gravitaram em torno dos mistérios que envolvem o ser humano foi o seu desenvolvimento do ponto de vista psicológico. Mas nós, alunos do 4º período de administração da UFERSA, não tínhamos atentado para essa questão. Interessa-nos? Isso importa no comportamento organizacional?
Mas é claro! E se não fosse a aulas de Psicologia?
Sendo assim, vou repassar para vocês uma explicação prévia, porém, objetiva, sobre o desenvolvimento humano, mediante as várias discussões em sala de aula sobre temas relacionados.
Muitas teorias e teses depois, ao longo de milhares de anos, deram indícios que o desvendar deste enigma será difícil e sempre suscitará dúvidas. Resta-nos mostrar que, apesar dos paradoxos e por causa deles, afinal as exceções justificam a regra, a mente é, definitivamente, algo intransponível. Há certas definições que apontam para a similaridade comportamental de determinados grupos, o que, se não as define de forma irrefutável, ao menos tenta explicar como se processa o desenvolvimento humano.
A socialização do homem, ao nascer remete ao choque de estar num mundo que não foi por ele construído, o mundo social que consiste na organização burocrática, suas diversas instituições, grupos, seus medos e mitos. Pau que nasce torto, não tem jeito. Morre torto.
O homem a ser tratado é formado pelo conjunto de suas relações sociais, ou seja, o grupo social ao qual ele interage e a maneira como ele se insere em determinada cultura em busca de sua própria identidade. A socialização é a absorção de usos, valores e costumes que compõe a realidade objetiva da organização da sociedade.O homem aprende a ser homem. A única aptidão inata do homem é a aptidão para a formação de outras aptidões. Os instrumentos humanos levam em si os traços característicos da criação humana. O domínio da linguagem não é outra coisa senão, o processo de apropriação de significações e aptidões historicamente formadas pela espécie humana. As crianças são introduzidas no mundo da cultura por outros indivíduos que as guiam.
O homem é um ser sócio-histórico que se condiciona aos hábitos do meio social e histórico que vive, ou seja, o conjunto de suas relações sociais. Todos os traços físicos ou mentais são, ao mesmo tempo, genéticos e ambientais e não apenas biológicos.
A prática pedagógica fundamenta-se em certa maneira de explicar a evolução dos conhecimentos, os papéis reservados aos participantes do processo educacional, a forma de intercâmbio a ser mantida com a criança, os objetivos a serem atingidos através do ato educativo e como avaliá-lo.
Retornando ao campo das visões, extremamente conflitantes, é necessário explicar que, para se entender o desenvolvimento humano, dentro da área pedagógica, sob este prisma, há dois pontos paradoxais: a visão fixista e a transformista.
Essa contribuição, vinda de fora para dentro, é unilateral, e gera passividade intelectual  e uniformidade conceptual. Havendo um só pensamento, não há reflexão. Nessa posição, o conhecimento apenas implica na memorização da informação recebida. Em suma, de acordo com os behavioristas, o desenvolvimento humano é concebido de forma marcante pelo ambiente. O papel do ambiente é muito importante para a maturação biológica e despreza a análise de elementos importantes, tais como raciocínio, desejos, fantasias e sentimentos.

As mudanças de comportamento podem ser provocadas de diversas maneiras. O mundo já está constituído e o homem é passivo. O comportamento pode ser modificado como resultado da experiência, ou seja, o homem é passivo e pode ser manipulado. São usadas duas técnicas para o aprendizado: condicionamento e reforço. Para haver condicionamento é necessária a repetição cuidadosa de uma mesma situação, ocorrendo a aprendizagem quando há semelhança entre o que foi transmitido e a resposta da criança. O reforço é usado para fixar a aprendizagem da resposta certa. Assim, existe o “certo” e o “errado”, mas visto sob a ótica do adulto.
A evolução da conquista é um ato de criação infantil buscando ativamente compreender as coisas, se empenhando para poder progredir. Assim, cada resposta dada é uma etapa necessária ao progresso, e corresponde a um certo nível de desenvolvimento. Os conhecimentos se integram a outros, e assim sucessivamente.A aprendizagem se distingue do desenvolvimento (condição interna da evolução), porque constitui processo que diz respeito a situações específicas. O desenvolvimento amplia a possibilidade de aprendizagem. São processos distintos e interdependentes.
As teorias estão bem definidas mas algumas perguntas insistem em não ser respondidas. Há interesse da sociedade, dos governos em conceder um estudo dinâmico e digno, onde haja interação e que a criança seja preparada a construir um novo mundo e não ser mera massa de manobra ? Profissionais de ensino, desde os donos de escola, reitores e, especialmente, professores estariam conscientes de seu papel em outro modelo de ensino e, conseqüentemente, das novas diretrizes que eles dariam ao desenvolvimento humano ?

Nos parece que não. Há experiências restritas a determinados grupos sociais e estabelecimentos de ensino. Há o preconceito da grande maioria de responsáveis que se negam a reconhecer os erros passados dos quais foram vítimas. Dentro do tal mundo globalizado, a substituição do cérebro pelo chip foi e continua sendo perniciosa. O uso da informática, ferramenta de extrema utilidade tem seu uso confinado à mera repetição daquele estado de séculos atrás. Que desenvolvimento é este ? Será que houve realmente um ? Não ouso responder e, sequer tenho respostas. Apenas, se analisarmos o contexto da estrutura social que nos é infligida dia após dia, muitos anos virão até que os primeiros passos sejam dados em busca da recuperação de valores morais e que, tal e qual Fênix, tenhamos condições de nos recuperar das cinzas e afirmar que há sim o desenvolvimento humano na amplitude e grandiloqüência que merece.

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